quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Jesus na Era Digital



Por Fabricio Santana


Já passava do meio-dia, e Lúcia estava inquieta, porque seu filho Paulinho ainda não havia chegado da escola. Receosa, dirigiu-se ao telefone para comunicar o fato ao marido. Antes que ela chegasse ao aparelho, o garoto irrompe pela sala, demonstrando forte irritação.
 
- Ainda bem que você chegou, eu já estava ficando preocupada, meu querido!
Paulinho passou pela mãe sem cumprimentá-la, e se trancou no quarto. Sem entender o motivo daquela entrada brusca, Lúcia foi ao encontro do filho para saber o que havia acontecido.
- Paulo Roberto Júnior, abra a porta. Eu quero conversar com você. - Disse com a voz firme.

As Cores do Samba, por Nathalia Quintella



Para quem curtiu as Pin-Ups, agora um pouco de samba
Nathalia Quintella é jornalista e fotógrafa.

Para conhecer mais, visite:
Flicker: CoisasDaNaaah
Twitter: @Soi_CatriNah


Modelo: Ana Laura



Crise-Criativa




Escrito há dois anos numa crise criativa.


Sobre o que escrever? Tenho debatido comigo durante meses pela minha inércia na escrita, que ultimamente, e pior de tudo, tenho tomado consciência disto, de que está me faltando brilho, vontade e criatividade ao escrever. Principalmente se me for proposto (até por mim mesmo) um texto jornalístico. O que terá acontecido? O que ficou no meio do caminho? Não sei, além somente de ter algumas especulações e hipóteses infundadas. Pode parecer contraditório (em circuitos artísticos seria até oportunista) estar escrevendo sobre crise criativa ao escrever. Mas não. São textos que fluem direto da cabeça para o papel sem ter muito que labutar mentalmente. Quando me ponho em postos para escrever algo, já não era mais como antigamente, nos quais raciocínios completos e construções inteiras de texto perpassavam minha mente. Agora estou aqui no Teatro sem saber exatamente o que fazer, mas com certeza de que me meti numa fria.

O Problema seria uma Solução?



Com o recente aumento nas passagens de ônibus, publicarei um texto escrito há dois anos sobre uma alternativa viável para barrar de vez o aumento absurdo e anual que acontece aqui: a concorrência.





Há menos de cinco anos atrás uma celeuma se instalou na cidade e provocou o pânico nos empresários de ônibus. Indivíduos, trabalhadores informais, na sua maioria desempregados, resolveram tomar uma iniciativa, influenciada pelo que já ocorria em outras cidades grandes. Transformaram seus carros em táxis-mambembes e por um preço muito abaixo da média lotearam seus carros de passageiros e levavam de um ponto a outro da cidade em alguns minutos.

Por muito tempo criou-se uma guerra informal entre os Alternativos (eufemismo para Lotações) e os Regularizados (ônibus e táxi). Denúncias de irregularidades e falta de segurança permearam todo o debate e confronto. Ao fim, acabaram por se extinguir e agora só circulam entre viagens intermunicipais – aonde é mais fácil de barrar a fiscalização. Mas o ponto crucial foi omitido deliberadamente do debate. Os Alternativos são uma solução e não um problema. Simplesmente porque barrariam por um tempo o abusivo preço das passagens municipais nos ônibus.