sábado, 16 de abril de 2011

Vidas Secas e a Tragédia como algo Inevitável



  Título: Vidas Secas
Direção: Nelson Pereira dos Santos
Elenco: Maria Ribeiro e Atila Iorio
Duração: 1h40
Roteiro: Nelson Pereira dos Santos,
baseado na obra de Graciliano Ramos
Ano: 1963








 

 

Explorado pelo patrão, explorado pelo Estado – seja por meio de impostos ou pelo abuso de autoridades que deveriam lhe proteger – assim vai sobrevivendo o vaqueiro Fabiano no sertão nordestino. Enfrentando com inocência todos os desatinos que a vida lhe impõe. Analfabeto e ignorante perante os seus direitos, só lhe resta pacificamente sofrer na exploração patronal e agüentar calado a tortura injustificada comandada por um policial que se sentiu desacatado quando abandonado no carteado por Fabiano, seu parceiro de jogo. Numa terra bruta, só é ouvido com parcimônia aqueles que com brutalidade te tratarão.

Para chegar a esse tipo de vida o caminho foi árduo. Percorrendo milhas e milhas de terra quente sob o sol infernal, Fabiano, sua esposa Sinhá Vitória, seus dois filhos e a cachorra Baleia comeram o pão que o Diabo amassou. Ou nem isso...

Grafite in CG



A Cidade é pequena, mas é recheada de artistas. Os locais são poucos e disputados, mas visualmente deslumbrantes. A pixação ainda toma conta do ambiente, mas o Grafite consegue espaço nas paredes. Ninguém ajuda, mas continuam fazendo. A arte de rua é nova, mas bastante heterogenea. Tem de tudo: do já citado pixo e grafite, aos stickers e stencils.

* Abaixo, selecionei com minha imparcialidade visível (tsc) alguns dos principais grafiteiros da cidade. Quem tiver mais imagens de outros artistas, coloquem nos comentários o link, para assim seguir atualizando o post.

Jed - @jeduzstk



Raoni, AKA Zeca - @vulgozeca - Blog Raoni Oliveira




Sponja - Orkut




Celo & Thaynara - @_ThaynhA_


Rene, AKA z-nokmorb

Z-Nokm e Gorpo
 

Equipe UZS Crew - sagaz, fatos, znok, bomb

Jornalismo e Literário


O Jornalista do Futuro será um Macaco Esperto
Nas duas últimas décadas os teóricos da comunicação do mundo inteiro assistiram assombrados às mudanças pelas quais o mundo estava passando. Não se tratava de revoluções armadas, ou de novas Constituições, mas da simples atestação de que o que Marshall McLuhan previra três décadas antes enfim se concretizava: o mundo estava totalmente coberto por uma espécie de rede invisível, uma rede capaz de unir os lugares mais remotos do planeta através da comunicação. Não havia mais fronteiras, agora o próprio meio era a mensagem.

Para que o leitor entenda melhor este assombro, basta dizer que, à sua época, McLuhan foi visto pela grande maioria como um visionário. Realmente não era fácil conceber tal idéia, ainda mais num mundo bipolar e tenso, cheio de espiões matando por informações secretas. Na verdade tratava-se de uma profecia assustadora, podia-se até pensar que perderíamos nossa privacidade, nossa liberdade para fazer qualquer coisa sem sermos vistos. Mas o tempo passou e o pensamento apocalíptico migrou das questões simples para as mais arrojadas teorias. Hoje McLuhan é um dos teóricos mais estudados pelos comunicólogos e tem gerado debates inesgotáveis que tratam, sobretudo, de como o homem se comporta nesta nova conjuntura.

As Mulheres Nuas de Campina Grande
(...)Os primeiros cães surgiram no topo da ladeira, logo seguidos por vários policiais que corriam em debanda, como fugissem à própria morte. As pessoas da rua apenas olhavam, estupefatas, as dezenas de mulheres e homens fardados caindo uns por cima dos outros, rolando ladeira abaixo agarrados aos seus cães. Por trás deles, as primeiras silhuetas confusas pelo Sol das cinco da tarde solucionavam o mistério: eram mulheres nuas. Moças, senhoras de idade, gordas, magras, pretas, brancas, amarelas, azuis, dezenas, centenas de mulheres correndo nuas em pêlo. Saltavam por cima dos policiais, chutavam os ciclistas e os derrubavam, embrenhavam-se entre as barracas de cominho e cheiro-verde...

Daniel Magalhães é jornalista, escritor, frequentador do famigerado Escritório, agitador cultural do curso de Arte & Mídia e dono do blog Olmo do Leste