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Para que o leitor entenda melhor este assombro, basta dizer que, à sua época, McLuhan foi visto pela grande maioria como um visionário. Realmente não era fácil conceber tal idéia, ainda mais num mundo bipolar e tenso, cheio de espiões matando por informações secretas. Na verdade tratava-se de uma profecia assustadora, podia-se até pensar que perderíamos nossa privacidade, nossa liberdade para fazer qualquer coisa sem sermos vistos. Mas o tempo passou e o pensamento apocalíptico migrou das questões simples para as mais arrojadas teorias. Hoje McLuhan é um dos teóricos mais estudados pelos comunicólogos e tem gerado debates inesgotáveis que tratam, sobretudo, de como o homem se comporta nesta nova conjuntura.
As Mulheres Nuas de Campina Grande
O Jornalista do Futuro será um Macaco Esperto
Nas duas últimas décadas os teóricos da comunicação do mundo inteiro assistiram assombrados às mudanças pelas quais o mundo estava passando. Não se tratava de revoluções armadas, ou de novas Constituições, mas da simples atestação de que o que Marshall McLuhan previra três décadas antes enfim se concretizava: o mundo estava totalmente coberto por uma espécie de rede invisível, uma rede capaz de unir os lugares mais remotos do planeta através da comunicação. Não havia mais fronteiras, agora o próprio meio era a mensagem.
Para que o leitor entenda melhor este assombro, basta dizer que, à sua época, McLuhan foi visto pela grande maioria como um visionário. Realmente não era fácil conceber tal idéia, ainda mais num mundo bipolar e tenso, cheio de espiões matando por informações secretas. Na verdade tratava-se de uma profecia assustadora, podia-se até pensar que perderíamos nossa privacidade, nossa liberdade para fazer qualquer coisa sem sermos vistos. Mas o tempo passou e o pensamento apocalíptico migrou das questões simples para as mais arrojadas teorias. Hoje McLuhan é um dos teóricos mais estudados pelos comunicólogos e tem gerado debates inesgotáveis que tratam, sobretudo, de como o homem se comporta nesta nova conjuntura.
As Mulheres Nuas de Campina Grande
(...)Os primeiros cães surgiram no topo da ladeira, logo seguidos por vários policiais que corriam em debanda, como fugissem à própria morte. As pessoas da rua apenas olhavam, estupefatas, as dezenas de mulheres e homens fardados caindo uns por cima dos outros, rolando ladeira abaixo agarrados aos seus cães. Por trás deles, as primeiras silhuetas confusas pelo Sol das cinco da tarde solucionavam o mistério: eram mulheres nuas. Moças, senhoras de idade, gordas, magras, pretas, brancas, amarelas, azuis, dezenas, centenas de mulheres correndo nuas em pêlo. Saltavam por cima dos policiais, chutavam os ciclistas e os derrubavam, embrenhavam-se entre as barracas de cominho e cheiro-verde...
Daniel Magalhães é jornalista, escritor, frequentador do famigerado Escritório, agitador cultural do curso de Arte & Mídia e dono do blog Olmo do Leste
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