sábado, 26 de fevereiro de 2011

E Bonita por Natureza



Fotos de Nathalia Quintella 
Jornalista e fotógrafa.

Para conhecer mais, visite:
Twitter: @pin_nah_up






A Propaganda é a Alma do Negócio



"Como pode a propaganda ser a alma do negócio
Se esse negócio que engana não tem alma
Vendam, comprem
Você é a alma do negócio"


Depois da indústria de armas e do Comunismo, o cigarro foi a principal causa de morte das pessoas durante o século XX. Com um bem preparado programa de marketing por trás, o tabaco conseguiu convencer milhares de pessoas a e experimentar e sentir o “gosto” suave da fumaça. Hoje é praticamente impossível você não encontrar ninguém fumando no meio da rua, apesar de todos os já conhecidos malefícios que elas trazem a saúde.

Graças a uma política pública que começou na Europa, o cigarro é praticamente banido em lugares fechados, como bares, restaurantes, lojas, fábricas e etc. Apesar das inúmeras críticas de taxarem essa proibição de fascista, por ser uma interferência do estado na vida particular das pessoas.

Mas nem sempre foi assim.

Programa do Jô e as entrevistas perdidas



Escrito há 3 anos para trabalho acadêmico. O conteúdo é antigo, mas o crítica ainda é atual. Boa leitura.

* * *

O Programa do Jô, exibido de segunda à sexta nas madrugadas da Rede Globo, logo após o Jornal da Globo contou na noite desta segunda-feira (02 de junho de 2008), com as presenças do cantor Lulu Santos e da cineasta Lílian Santiago.

Com o visual do seu programa idêntico ao talk-show norte-americano de David Letterman, o ator e comediante Jô Soares vem perdendo seu público fiel e sendo destratado pelos críticas graças as já não tão engraçadas piadas contadas diariamente e oportunidades perdidas com os entrevistados, fazendo perguntas triviais e de pouco interesse para todos, sem contar o fato de sua “arrogância” não deixar, por muitas vezes acontecidas, o entrevistador falar. A audiência já não é mais a mesma. Tempos atrás chegou a ficar em segundo lugar ao competir com o medíocre programa de João Kleber.

O Dorminhoco (Sleeper, 1973)




O futuro não é como imaginávamos. 2173, esse é o ano em que Miles Monroe acorda após 200 anos de sono profundo, depois de fazer uma mal-sucedida operação na úlcera que de uma forma muito bizarra o manteve congelado por todo esse tempo. O mundo vive em uma sociedade autoritária, onde pessoas são manipuladas e passam o dia assistindo programas de cunho ideológico. Governados por um ditador genocida, O Grande Líder, que mata os intelectuais e todos que ousam se proclamar contra a sua vontade, Monroe surge como uma salvação para um pequeno grupo de cientistas que resolve descongelá-lo para ajudar a Resistência e desestabilizar o Projeto Aires – um plano secreto do governo a qual temem ser prejudicial à Resistência. E já que Monroe não tem digitais guardadas nos arquivos do governo – graças a uma guerra nuclear que destruiu quase tudo há 100 anos – ele é considerado pela Resistência o elemento perfeito.

O problema é que Monroe (Woody Allen) é um completo covarde, o típico nerd de meia idade com conflitos, dúvidas existenciais e, claro, problemas com mulheres. Praticamente o mesmo personagem que Woody Allen interpreta em todos os seus filmes, seu alter-ego irônico. Neste filme, na qual mais uma vez dirige, escreve, estrela e compõe a trilha sonora, ele faz de Monroe mais um líder que não quer ser o herói de uma revolução, tal qual em Bananas, seu filme anterior.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

5 Momentos Inesquecíveis do Oscar



Marlon Brandon recusando o prêmio de Melhor Ator por O Poderoso Chefão (1972). Porém, a estatueta não ficou em mãos vazias. Em seu lugar, Brandon enviou uma índia Apache para discursar contra o tratamento dado pelo governo americano aos nativo americanos que estão com suas tribos ameaçadas.


Link Alternativo http://www.youtube.com/watch?v=2QUacU0I4yU

Miséria, Fome e Desgraça



Nas ruas de Campina Grande tem aumentando exponencialmente o número de indigentes e moradores de rua. Já está se tornando parte do ambiente se deparar com mendigos pedindo esmolas nas portas de igrejas ou em calçadas movimentadas no centro da cidade. Diferente das grandes cidades, o número não é assustador. Mas para uma cidade do porte de Campina já é muita coisa. Muitos deles são deficientes físicos e foram abandonados pelas famílias (seja por morte ou simples descaso), além dos que tem filhos e os colocam para "trabalhar" também pedindo esmola. Abaixo uma seleção de fotos que expõe de forma crua a dura realidade dessas pessoas.



Manifesto Estética da Fome




Em 1965, Glauber Rocha resolve apresentar ao mundo um manifesto sobre o cinema latino americano. Sem parecer um estudo acerca dos filmes que até então compunha o panorama cinematográfico da epóca, Glauber prefere abordar sobre a estética e delimitar como deveriam ser então apresentados os filmes latino-americanos. Um ano antes de ter escrito o texto, Deus e o Diabo na Terra do Sol era lançado causando polêmica num país já as portas de um golpe militar e estremecendo Cannes em sua estréia que quase foi cancelada. Inspirado no ainda não-escrito manifesto, Deus e o Diabo serviu de exemplo estético de como se fazer cinema na América Latina no Terceiro Mundo para muitos.

O Cinema Novo, que estava dando seus primeiros passos desde Aruanda (1960), agregou Glauber como ícone e graças a ele o Brasil começa a escrever seu nome na história cinematógrafica. Assim como todo o perído dos agitados anos 60, o Cinema Novo tinha uma conotação Política pesada. De teor de esquerda, junto com a Nouvelle Vague francesa e o Neo-realismo italiano abordaram questões sociais e mazelas naturais e políticas de seus países produzindo obras-primas da sétima arte.

Abaixo, leiam o polêmico Manifesto da Estética da Fome retirada do blog Nueztra Ameryka, com introdução do crítico Ismail Xavier.


* * *


Estética da Fome – ou Estétyka da Fome, como Glauber preferia grafar esse texto fundamental para a compreensão do projeto cultural dos cineastas brasileiros nos anos 60, projeto comum a vários cineastas da América Latina naqueles anos e que eclode como texto fundador na dialética Cinema e América Latina, rumo a uma integração do continente latinoamericano, numa via onde estética não se diferenciava de política.

Da fome. A estética. A preposição da, ao contrário da preposição sobre, marca a diferença: a fome não se define como tema, objeto do qual se fala. Ela se instala na própria forma do dizer, na própria textura das obras [...] passa a ser assumida como fator constituinte da obra, elemento que informa a sua estrutura e do qual se extrai a força da expressão, num estratagema capaz de evitar a simples constatação (somos subdesenvolvidos) ou o mascaramento promovido pela imitação do modelo imposto (que, ao avesso, diz de novo somos subdesenvolvidos).
(De um comentário de Ismail Xavier).

* * *

A Estética da Fome foi originalmente apresentada em 1965, durante as discussões da Resenha do Cinema Latino-Americano de Gênova, naquele ano dirigidas pelo tema "O paternalismo do europeu em relação ao Terceiro Mundo" – e por aí já se pode verificar o quão incisivas eram suas propostas. Como explica Arnaldo Carrilho: No texto se encontrava algo a mais que a denúncia das misérias latino-americanas – prato suculento para o humanismo colonizador. Encontrava-se aqui enunciado, e anunciado, de maneira clara e irrefutável, o conceito de arte revolucionária, essência da cultura do Terceiro Mundo. Encontrava-se definida a força criadora do delírio da fome, única forma de compreensão desta cultura.

O artigo foi publicado pela primeira vez por aqui na Revista Civilização Brasileira (número 3, julho de 1965), tendo circulado por vários países e sendo revisada pelo próprio Glauber, alterações que visavam clarear suas idéias. Abaixo o artigo completo.