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Se existia alguma dúvida em seu coração que 'Get Lucky' era uma das melhores canções pop de todos os tempos, nada melhor que uma apresentação ao vivo para diluir estes pensamentos. Unindo três gerações da música negra (Stevie Wonder, Nile Rodgers e Pharrell Williams) no Grammy, o manifesto em prol da disco music 'Random Access Memories' finalmente ganhou vida. Aproveitem sem moderação. Essa foi a primeira e, provavelmente, última vez que aconteceu.
Devido a configuração recheada de convidados e contando com instrumentos musicais, além das cabines de DJ, fica impossibilitado o duo executar fielmente às canções do disco considerados um dos melhores de 2013. Por isso, desde então, os franceses não fizeram uma turnê para divulgar o disco.
Divulgação ao vivo esta que não foi necessário. Case de sucesso no marketing, Random Access Memories contou com uma inteligente campanha de marketing. Teasers de Get Lucky foram exibidos no intervalo do Saturday Night Live e no Coachella; mini-documentários foram lançados semanalmente contando com a participação dos inúmeros convidados do álbum; sem contar os fãs remixando os míseros 30 segundos divulgado até então. A expectativa em torno do lançamento graças a essa campanha, que alguns, poucos na verdade, se queixaram da alimentação dessa perspectiva que minou a audição do disco quando lançado.
Random Access Memories é um panfleto explicito. Músicas como 'Give Life Back to Music', 'Lose Yourself to Dance', 'The Game of Love' e 'Giorgio by Moroder' homenageiam e comemoram a época de ouro a disco music. Um acesso aleatório às áreas ocultas da memória. Um tempo perdido que deixou saudades.
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