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Big Brasil
Vejam
É noite de discussão
Ele vai ganhar, ela vai perder
Quem vai pro paredão ?
Ouçam
O barulho dos cochichos
E dos risos falsos que vos rodeia
Bom, bom, bom é BBB
Você caiu na teia
Caiu também num mundo sem...
Sem muita coisa a mostrar
Belas, maquiagens, máscaras de enganar
Fruto da sua audiência
Caro telespectador
Cadê o bom gosto?
Que falta de ética
Desculpa, esqueci que é um jogo
Pois joguem suas cartas
Dêem asas as baratas
E fiquem no jogo
Que o Brasil nisso é bom
Jogar fora a cultura, o tempo
E o dinheiro que apura
Burrice ou um dom?
Não sei não
Peço desculpas pelo comentário
Pela falta de educação
Não nego a origem
Sou brasileiro de coração
* * *
Contra-Tempo
Ainda resta um tempo
Pra fazer o que não foi feito
Também pra destruir o muro
E eleger o não eleito
Alguns segundos
Algumas horas
Esqueça o tempo
Esqueça hora
Ainda há tempo pra falar
E fazer silêncio em nome
Do silêncio que não tem nome
A tempo de calar
Parar a bala, o tiro certeiro
Arrancar do punho
Quebrar o ponteiro e se desejar
Mate o relojoeiro
Compassos, passos
Que marcam a entrada
A ida, a chegada
Que bela música
Essa vida apressada.
* * *
De Amor, Morrer
Doar, dever, doente, descer
Quarta letra, grande dor
Quatro letras, esse amor
Bom, bonito, bendito seja
Mais forte que gostar
Nem sei explicar
Pode ser como você deseja
Causa calor, desejo, afeição
Por que dele vem projetos
Problemas em construção
Tão forte
Vence o tempo e a distancia
A razão e até a morte
Pode matar, podem morrer
Podem sentir, saciar a vontade
Mas vivam pra de amor morrer
* * *
Entrelinhada Mente
Preciso entender como funciona
O vento que leva o som
Das palavras que tento dizer
Preciso saber onde começa a chuva
E onde termina o raio que parte
Todo corpo lento que ele não ver
E toda a traição
Que se oculta no pensamento
Do dono que pensa não trair
Também todo o poder do sim
E do não que faz chorar
Do talvez que me faz pensar
Que apesar de todo
Vento, chuva, raio e traição
Estou no meio, dos dois lados,
Dando minha opinião
E ainda assim
Querendo entender
O que me rodeia
E ter a percepção
Do não que é o sim
Do sim que é o não
* * *
Intransparente
Do nada abro mão
O peito, a voz
E o coração
Até nascer o ser
Crescer e poder ver
Ou buscar uma razão
Pra entender todo o caminho
Pedra, faca, flor e espinho
Tudo num imenso ÃO
Vivo, vida, morte, precipício
Começo, meio, fim e início
Elo sem liga, ligação cobrada
Maçãs de areia
Macacos me mordam
Carma, darma, página virada
Terra, Sol, Lua, Céu
Inferno de Dante
Mar congelante
Segredo cruel
* * *
Nada de Truque
Quando me notar apresse o passo
Corra em direção a mim
A sua platéia
Ao seu humilde palhaço
E se nem me notar
É por que tá longe
Em outro mar
Num distante horizonte
Depois nem vou dizer nada
Nada vou dizer
Profundo silêncio
Parou a música, estou sem você
O circo pegou fogo
Intenso, forte, ardente
Me consumiu
E depois sumiu
É tarde agora
Fingiu, viu, saiu
Resolva com o tempo
Volte outra hora
Não sou mais palhaço
Nem me serviu
Acho que vou voar, ser astronauta
Pra sair desse espaço, desse circo infantil
* * *
Sem com S
Sem rimas ou frases feitas
Ou enfeites de papel
Com nada e sem ninguém
Vida brava, carrossel
Sozinho com ela
Solidão me abraça forte
Sem beijos e abraços
E tudo que me conforte
Rir pra não chorar
Falar pra não calar
Tentar ser forte
E também contar com a sorte
Dentro e fora
Baixo, cima
Frente e traz
Tanto faz
Vários lados e nenhuma saída
Vários buracos, muitas feridas
Mas
Tudo muda, tudo se refaz
Sem lady, lado, lugar ou lei
Pobre eu, pobre rei
Que ainda tem forças pra dizer
Que sem você, também viverei.
* * *
* * *
Hebert Ramon é fascinado pela psicologia, adora o mundo das idéias, não consegue viver sem música e admira o Iluminismo.
Contato: trevor.cg@hotmail.com
Contato: trevor.cg@hotmail.com
2 comentários:
Parabéns Hebert!
Tem futuro moço, muitoo bom seus poemas... Gostei dos toques de irônia e tal. Continue assim :)
Parabéns Hebert, muito bom o Poema.
Gostei muito . Boa Sorte aí e que venha novos poemas tão bons quanto esse.
Abraços brother
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